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Felipe assina sua rescisão com o Corinthians
O goleiro Felipe escreveu uma carta de agradecimento para se despedir do Corinthians. Nesta sexta-feira, um dia após rescindir o seu contrato, o jogador se dirigiu principalmente aos torcedores que se voltaram contra ele em meio ao conflito com a presidência. Cogitou até voltar ao Parque São Jorge no futuro.
"Para alegria de poucos e a tristeza de muitos está aí a minha rescisão! Triste demais!", disse o goleiro em seu Twitter, ao publicar a imagem do momento da assinatura.
Próximo de acertar contrato com o Sporting Braga, de Portugal, Felipe fez uma ressalva a um eventual retorno ao Corinthians. Não quer mais trabalhar em um clube dirigido por Andrés Sanchez e seus correligionários. O presidente se tornou inimigo do goleiro depois de afastá-lo do convívio com os demais jogadores.
O conflito com Sanchez se intensificou quando Felipe manifestou a sua vontade de aceitar uma proposta do Genoa, da Itália. A negociação fracassou, mas o presidente se irritou com a postura do goleiro. Após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro de 2007, o atleta já havia se indisposto com a diretoria porque recebeu uma oferta do Fluminense e demorou a reformular o seu contrato.
Felipe era o principal ídolo do elenco corintiano de 2007, porém os torcedores ficaram ao lado da diretoria nas divergências com o goleiro. Nos últimos dias, houve protesto contra ele no Parque São Jorge e mensagens ofensivas para o seu Twitter.
Leia a carta de agradecimento de Felipe:
"Em primeiro lugar, queria agradecer à minha família e meus empresários, que sempre me deram força e, neste momento delicado pelo qual passei nos últimos 40 dias, estiveram mais do que nunca ao meu lado.
À imensa Nação Corintiana, agradeço pelo constante apoio e carinho que demonstraram comigo desde a minha chegada ao Corinthians, em 2007. Nesses três anos de trajetória, vitórias, derrotas, títulos e, acima de tudo, respeito pela camisa e pela torcida deste Clube, que levarei para sempre comigo.
Foram três títulos e uma identificação que nada, nem ninguém, poderá apagar. Sofri com a torcida, perdemos e choramos juntos. Vencemos e vibramos com a mesma união a cada vitória e a cada conquista. Não me esqueço da sensação de estar no meio de vocês quando voltamos à Série A, e eu pulei o alambrado do Pacaembu.
Penso que nada, muito menos ninguém é eterno. Por isso, deixo aqui o meu até breve, pois confesso que espero voltar a vestir este Manto Sagrado, se um dia o clube não for mais gerido pelas pessoas que hoje lá estão.
Enfim, passei três anos dedicando a minha vida ao Corinthians. Joguei com dedo quebrado, com vencimentos atrasados, e ainda assim fui taxado como "mercenário" por muita gente. E isso me doía demais. Hoje, depois de alguns anos a verdade vem à tona. O "mercenário" aqui abre mão de um contrato de milhões e devolve as luvas que recebeu do clube. Tudo para parar de ser humilhado e poder fazer o meu trabalho em paz. Mostrei que não ligo pro dinheiro, como muitos diziam, e que antes de qualquer centavo a coisa que sempre norteou minha vida no Corinthians foi o amor a essa gloriosa camisa".
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